segunda-feira, 10 de maio de 2010

o vulcão de cinzas

Ontem, voltaram a afectar as operações das companhias de aviação, obrigando ao cancelamento de 300 voos na Europa. Em Portugal, foram suprimidas 11 ligações. Todas no aeroporto de Faro. E é previsível que o Eyjafjallajökull continue a perturbar as viagens.Irlanda, Escócia e Reino Unido foram os países afectados ontem por uma nova nuvem de cinzas, que obrigou ao cancelamento dos voos que operavam a menos de 20.000 pés de altitude. No total, foram afectadas 300 ligações na Europa, de acordo com o Eurocontrol, organismo responsável pela segurança aérea.As restrições ao tráfego aéreo (que, no caso da Irlanda, se limitou ao período da manhã e, no do Reino Unido, durou até às 18h) também tiveram consequências sobre as operações nos aeroportos nacionais. A gestora aeroportuária ANA registou 11 cancelamentos, todos no aeroporto de Faro. Os voos, que pertenciam às companhias de aviação low-cost Aer Lingus, Easyjet e Ryanair, tinham como origem e destino a Irlanda e o Reino Unido. A nova nuvem, com uma densidade muito menor do que a que se formou em Abril, deverá afastar-se para sul, sendo que as previsões apontam para uma aproximação ao espaço aéreo português. Contactado pela Lusa, o Instituto de Meteorologia confirmou esta deslocação, muito embora a nuvem deva permanecer "sempre em região oceânica" e "abaixo dos seis mil metros de altitude".No resto da Europa, é previsível que pelo menos a Irlanda continue a ser afectada nos próximos dias e, esporadicamente, no período do Verão. Não há, no entanto, receio de que as perturbações atinjam as proporções sentidas em meados de Abril, quando as cinzas do vulcão islandês obrigaram ao encerramento de 75 por cento do espaço aéreo europeu.Ainda assim, a Comissão Europeia já anunciou a criação de uma célula de crise para prevenir os impactos destes fenómenos, definindo cinco áreas prioritárias, nas quais se inclui a rápida criação do céu único europeu, melhorias na gestão do risco e uma maior articulação entre os vários meios de transporte.Os seis dias de bloqueio que se seguiram à erupção causaram prejuízos totais de 2,6 mil milhões de euros, tendo abalado, sobretudo, as transportadoras aéreas. Foram cancelados 100.000 voos e mais de dez milhões de passageiros ficaram em terra. Em Portugal, calculam-se perdas superiores a 16,5 milhões de euros.

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